Enquanto
o ser humano vivia como caçador e coletor, não tinha por que cogitar muito da
natureza do solo. Possivelmente tivesse apenas o conhecimento de que algumas
áreas tinham maior capacidade de prover alimentos do que outras. Quando começou
a cultivar o seu alimento, ao invés de apanhá-lo, o conhecimento da natureza do
solo assumiu importância crescente para o seu bem estar. Quando passou de
caçador e coletor, que era nômade, para agricultor sedentário, áreas florestais
foram substituídas por plantações que deram condições para a organização das
primeiras sociedades. As sociedades modernas também consomem grande quantidade
de produtos provindos das florestas, direta e indiretamente, como madeira,
papel, carvão, o que está causando uma redução maior das áreas florestais no
mundo, além daquela provocada pela agricultura.
A partir disso, surge a importância da Engenharia
Florestal que é o ramo das ciências agrárias que está envolvido com a preservação
e a sustentabilidade dos ecossistemas florestais, gerando a produção de matéria
prima e produtos para o bem estar da humanidade na sua plenitude. Dentre as
áreas de profissionalização do engenheiro florestal encontram-se a silvicultura
e a gestão ambiental, nas quais o conhecimento de solos é de fundamental
importância (ABEAS, 1998).
Os
levantamentos morfológicos, físicos, químicos e mineralógicos dos solos, irão
estabelecer e situar diferenças entre unidades; correlacionar e prever a
adaptabilidade dos solos para diversas espécies florestais, seu comportamento e
produtividade sob diferentes sistemas de manejo e as colheitas das espécies
adaptadas sob conjuntos de práticas de manejo (CASTRO FILHO & MUZILLI,
1996).
Conhecer a nutrição das plantas
também é fundamental para a escolha da espécie a cultivar e o manejo da
fertilidade a ser adotado, pois cada espécie tem uma necessidade diferente de
nutrientes. Cabe lembrar que, mesmo espécies consideradas pouco exigentes como
o Pinus elliotti e o Pinus taeda, podem apresentar problemas nutricionais
especialmente em solos com baixa fertilidade natural (REISSMANN &
WISNIEWSKI, 2000).
De modo geral, na área
florestal, inicialmente houve uma preocupação maior com a fertilidade química
do solo, mas recentemente tem-se observado que o uso constante do solo pode
provocar a destruição das propriedades físicas do solo, causando redução da
produtividade (FERNANDES, 2000). Procurando equalizar esta situação,
recentemente as técnicas de cultivo mínimo para a reforma e implantação de
povoamentos florestais têm levado à redução de custos, tempo e impacto
ambiental (FIEDLER et al., 1999).
Nenhum comentário:
Postar um comentário