quarta-feira, 19 de junho de 2013

Importância da análise e conhecimento do solo para Engenharia Florestal

Enquanto o ser humano vivia como caçador e coletor, não tinha por que cogitar muito da natureza do solo. Possivelmente tivesse apenas o conhecimento de que algumas áreas tinham maior capacidade de prover alimentos do que outras. Quando começou a cultivar o seu alimento, ao invés de apanhá-lo, o conhecimento da natureza do solo assumiu importância crescente para o seu bem estar. Quando passou de caçador e coletor, que era nômade, para agricultor sedentário, áreas florestais foram substituídas por plantações que deram condições para a organização das primeiras sociedades. As sociedades modernas também consomem grande quantidade de produtos provindos das florestas, direta e indiretamente, como madeira, papel, carvão, o que está causando uma redução maior das áreas florestais no mundo, além daquela provocada pela agricultura.
 A partir disso, surge a importância da Engenharia Florestal que é o ramo das ciências agrárias que está envolvido com a preservação e a sustentabilidade dos ecossistemas florestais, gerando a produção de matéria prima e produtos para o bem estar da humanidade na sua plenitude. Dentre as áreas de profissionalização do engenheiro florestal encontram-se a silvicultura e a gestão ambiental, nas quais o conhecimento de solos é de fundamental importância (ABEAS, 1998).
Os levantamentos morfológicos, físicos, químicos e mineralógicos dos solos, irão estabelecer e situar diferenças entre unidades; correlacionar e prever a adaptabilidade dos solos para diversas espécies florestais, seu comportamento e produtividade sob diferentes sistemas de manejo e as colheitas das espécies adaptadas sob conjuntos de práticas de manejo (CASTRO FILHO & MUZILLI, 1996).
Conhecer a nutrição das plantas também é fundamental para a escolha da espécie a cultivar e o manejo da fertilidade a ser adotado, pois cada espécie tem uma necessidade diferente de nutrientes. Cabe lembrar que, mesmo espécies consideradas pouco exigentes como o Pinus elliotti e o Pinus taeda, podem apresentar problemas nutricionais especialmente em solos com baixa fertilidade natural (REISSMANN & WISNIEWSKI, 2000).
De modo geral, na área florestal, inicialmente houve uma preocupação maior com a fertilidade química do solo, mas recentemente tem-se observado que o uso constante do solo pode provocar a destruição das propriedades físicas do solo, causando redução da produtividade (FERNANDES, 2000). Procurando equalizar esta situação, recentemente as técnicas de cultivo mínimo para a reforma e implantação de povoamentos florestais têm levado à redução de custos, tempo e impacto ambiental (FIEDLER et al., 1999).


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