Para que os
resultados de uma análise química de solo tenham validade e representatividade,
é indispensável o máximo cuidado e critério na coleta de amostras que deverão
ser enviadas aos laboratórios. Nenhuma análise é melhor que uma boa coleta de
amostras, pois elas é que irão representar toda a área da propriedade onde
deverão ser aplicados os corretivos e fertilizantes.
Esquemas de Amostragem
Os esquemas de
amostragem podem ser divididos em duas categorias: ao acaso e sistematizada. A
amostragem ao acaso refere-se ao método que tem sido recomendado para a
agricultura convencional. A amostragem sistematizada é o sistema recomendado
para aplicação das tecnologias da Agricultura de Precisão, sendo o método mais
adequado para estudar a variabilidade espacial das propriedades do solo de uma
área, pois a variabilidade em todas as direções é levada em consideração. Aqui
iremos apenas abordar a amostragem ao acaso.
Nesse esquema de amostragem ao acaso, a propriedade ou a área
a ser amostrada deve ser dividida em glebas de até 10 hectares, numerando-se
cada uma delas (Fig. 1). As glebas devem ser homogêneas, quanto ao uso
anterior, ao tipo de solo e ao aspecto geral da vegetação.
Recomenda-se
coletar amostras simples em número de 10 a 20 pontos, em
ziguezague (Fig. 1), limpando-se
em cada local a superfície do terreno, retirando-se as folhagens e outros
restos de plantas, resíduos orgânicos etc, sem, contudo raspar a terra. Deve-se
evitar que esses pontos estejam em locais erodidos, ou onde o solo tenha sido
modificado por formigas ou cupins, utilizado como depósito de corretivos,
adubos, estéreos, passagem de máquinas, animais etc.
As amostras simples deverão ser reunidas em um
balde plástico limpo e bem misturadas, formando uma amostra composta. Após
homogeneização, retirar aproximadamente 500 g de terra, transferir para saco
plástico sem uso, identificar pelo número correspondente da área e especificar
informações complementares.
Frequência de amostragem
A frequência de amostragem do solo é dependente
da intensidade de uso da área e dos sistemas de cultivo adotados,
principalmente com relação aos critérios usados para correção da acidez e
adubação do solo. Contudo, devido as pequenas variações que ocorrem no solo
decorrente do cultivo rotineiro, as amostragens do solo podem ser realizadas em
intervalos de 3 a 5 anos. Essa frequência pode ser reduzida quando for
observado algum comportamento diferencial no desenvolvimento da cultura ou
quando forem empregados novos critérios de adubação das culturas ou correção do
solo indicados pelos órgãos de pesquisa ou assistência técnica.
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