quarta-feira, 24 de julho de 2013

Amostragem de solos

Para que os resultados de uma análise química de solo tenham validade e representatividade, é indispensável o máximo cuidado e critério na coleta de amostras que deverão ser enviadas aos laboratórios. Nenhuma análise é melhor que uma boa coleta de amostras, pois elas é que irão representar toda a área da propriedade onde deverão ser aplicados os corretivos e fertilizantes. 

Esquemas de Amostragem
Os esquemas de amostragem podem ser divididos em duas categorias: ao acaso e sistematizada. A amostragem ao acaso refere-se ao método que tem sido recomendado para a agricultura convencional. A amostragem sistematizada é o sistema recomendado para aplicação das tecnologias da Agricultura de Precisão, sendo o método mais adequado para estudar a variabilidade espacial das propriedades do solo de uma área, pois a variabilidade em todas as direções é levada em consideração. Aqui iremos apenas abordar a amostragem ao acaso.
Nesse esquema de amostragem ao acaso, a propriedade ou a área a ser amostrada deve ser dividida em glebas de até 10 hectares, numerando-se cada uma delas (Fig. 1). As glebas devem ser homogêneas, quanto ao uso anterior, ao tipo de solo e ao aspecto geral da vegetação.


Recomenda-se coletar amostras simples em número de 10 a 20 pontos, em ziguezague (Fig. 1), limpando-se em cada local a superfície do terreno, retirando-se as folhagens e outros restos de plantas, resíduos orgânicos etc, sem, contudo raspar a terra. Deve-se evitar que esses pontos estejam em locais erodidos, ou onde o solo tenha sido modificado por formigas ou cupins, utilizado como depósito de corretivos, adubos, estéreos, passagem de máquinas, animais etc.
As amostras simples deverão ser reunidas em um balde plástico limpo e bem misturadas, formando uma amostra composta. Após homogeneização, retirar aproximadamente 500 g de terra, transferir para saco plástico sem uso, identificar pelo número correspondente da área e especificar informações complementares.

Frequência de amostragem
A frequência de amostragem do solo é dependente da intensidade de uso da área e dos sistemas de cultivo adotados, principalmente com relação aos critérios usados para correção da acidez e adubação do solo. Contudo, devido as pequenas variações que ocorrem no solo decorrente do cultivo rotineiro, as amostragens do solo podem ser realizadas em intervalos de 3 a 5 anos. Essa frequência pode ser reduzida quando for observado algum comportamento diferencial no desenvolvimento da cultura ou quando forem empregados novos critérios de adubação das culturas ou correção do solo indicados pelos órgãos de pesquisa ou assistência técnica.

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